Quem dera eu ter a liberdade de voar pra qualquer lugar que eu quisesse. Fugir desse mundo clichê de coisas banais. Fugir de você e da nossa música tocada inúmeras vezes naquela vitrola velha. Do café frio sobre a escrivaninha, acompanhado dos papéis rasgados e rasurados com aquelas palavras que nunca lhe disse, e do meu cansaço aparentemente disperso sobre a cama. Fugir daquela tamanha vontade de querer fugir e de querer ficar, pois quem sabe eu ainda te encontre por ai.
Pudera eu, poder voar como aquele pássaro que caminha sutilmente pelo vento que lhe bagunça o cabelo. Mas, ainda que eu pudesse ir pra qualquer lugar que eu quisesse, eu voaria sempre pra onde você estivesse.